
Sobre o meu tempo e outros tempos
Cá estou.
40 semanas após meu burnout – coincidência? Comecei a escrever novamente.
Escrever sempre foi uma paixão que foi deixada de lado e eu nem sei explicar o motivo.
Não importa. Começo e recomeço sempre que necessário.
Não vou escrever aqui o que levou meu cérebro a fritar, mas em como eu tenho lidado com esse fato há 40 semanas.
Ainda é doloroso demais. O processo de curar de dentro para fora, de se conhecer para entender, não tem absolutamente nada de “good vibes”.
Pelo contrário. Você mergulha em um nimbo que, a única coisa que você quer, é sair de lá o mais rápido possível.
À medida que os seus sentimentos vão se encaixando, quebra um outra onda em sua cabeça.
Encarar o ambiente externo. Vulgo pessoas.
Não espere compaixão. O ser humano é seletivo demais e a compaixão dessas pessoas também.
Você vai se surpreender negativamente com as pessoas mais próximas à você, acredite!
Quem você acreditou que poderia contar, quem você apoiou e defendeu, serão os primeiros a soltar sua mão.
Você será julgado e não terá direito a resposta.
Nesse momento a única opção é aceitar esse cenário, entender que ciclos são fechados e indo bem fundo na ferida, internalizar que você só era “bom” quando tinha algo a oferecer. Mas nesse momento, com a alma quebrada e vulnerável, você não tem “serventia” alguma.
Muitas sessões de terapia tradicional, holísticas e muito apoio da única pessoa que esteve comigo sempre -minha outra metade, hoje sou capaz de conversar sobre o que aconteceu sem desmoronar em lágrimas.
Durante todo esse tempo eu toquei o meu empreendimento, sem jamais deixar transparecer o que eu estava sentindo.
Certo ou errado? Honestamente eu não sei.
A única certeza que eu tenho é que não vou esconder essa cicatriz. Que talvez, com meu desabafo, pessoas possam se identificiar e perceber que não estão sozinhas.
Hoje eu sigo entre altos e baixos. Mas consciente dos momentos baixos. E quando esses momentos aparecem, não luto contra. Aceito e deixo ir.
Deixar ir.
Essa pequena frase, mas de um impacto profundo, foi a mola no fundo do meu poço.
40 semanas depois, a cor voltou para minha vida e eu sigo dando meu melhor sempre e buscando diariamente a minha melhor versão.
Liefs,
Camilla
veja nossos
outros posts
Liefs esportivos
De uma vida mergulhada (literalmente) no esporte, uma meia maratona nas costas, hoje eu mal consigo correr 1 música inteira!
Nesses dias preguiçosos entre natal e ano novo
Nesses dias preguiçosos entre natal e ano novo, deu uma vontade despretensiosa de ir pra cozinha!
Liguei meu forno, deixei ele ali, calmamente aquecendo a 160º.
Nem muito quente, nem muito frio… Aquele quentinho gostoso e sem pressa.
Procurei no armário e achei umas avelãs (sobra entre uma produção e outra).
humm 200 gramas? Should be ok!
Endurance e o atual momento.
Mudança, problemas de saúde, novo modelo de negócios, atrasos…
A lista é longa.
Eu tenho todos os motivos do mundo para simplesmente desistir de tudo. E eu pensei muito a respeito. Acreditem.