Jan 9, 2022

Sobre o meu tempo e outros tempos

Cá estou.

40 semanas após meu burnout – coincidência? Comecei a escrever novamente.

Escrever sempre foi uma paixão que foi deixada de lado e eu nem sei explicar o motivo.

Não importa. Começo e recomeço sempre que necessário.

Não vou escrever aqui o que levou meu cérebro a fritar, mas em como eu tenho lidado com esse fato há 40 semanas.

Ainda é doloroso demais. O processo de curar de dentro para fora, de se conhecer para entender, não tem absolutamente nada de “good vibes”.

Pelo contrário. Você mergulha em um nimbo que, a única coisa que você quer, é sair de lá o mais rápido possível.

À medida que os seus sentimentos vão se encaixando, quebra um outra onda em sua cabeça.

Encarar o ambiente externo. Vulgo pessoas.

Não espere compaixão. O ser humano é seletivo demais e a compaixão dessas pessoas também.

Você vai se surpreender negativamente com as pessoas mais próximas à você, acredite!

Quem você acreditou que poderia contar, quem você apoiou e defendeu, serão os primeiros a soltar sua mão.

Você será julgado e não terá direito a resposta.

Nesse momento a única opção é aceitar esse cenário, entender que ciclos são fechados e indo bem fundo na ferida, internalizar que você só era “bom” quando tinha algo a oferecer. Mas nesse momento, com a alma quebrada e vulnerável, você não tem “serventia” alguma.

Muitas sessões de terapia tradicional, holísticas e muito apoio da única pessoa que esteve comigo sempre -minha outra metade, hoje sou capaz de conversar sobre o que aconteceu sem desmoronar em lágrimas.

Durante todo esse tempo eu toquei o meu empreendimento, sem jamais deixar transparecer o que eu estava sentindo.

Certo ou errado? Honestamente eu não sei.

A única certeza que eu tenho é que não vou esconder essa cicatriz. Que talvez, com meu desabafo, pessoas possam se identificiar e perceber que não estão sozinhas.

Hoje eu sigo entre altos e baixos. Mas consciente dos momentos baixos. E quando esses momentos aparecem, não luto contra. Aceito e deixo ir.

Deixar ir.

Essa pequena frase, mas de um impacto profundo, foi a mola no fundo do meu poço.

40 semanas depois, a cor voltou para minha vida e eu sigo dando meu melhor sempre e buscando diariamente a minha melhor versão.

Liefs,

Camilla

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